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A linha política do ato também foi de protesto contra a ingerência política no INSS, bem como nos ministérios da Saúde e do Trabalho e na Anvisa, considerando a recente demissão do presidente do instituto por um ato de corrupção.

Logo no princípio do ato, os trabalhadores estranharam o aumento do efetivo de seguranças no local, alguns, inclusive, à paisana, como se a mera presença dos servidores demonstrasse algum tipo de ameaça.

Entretanto, diferentemente do que ocorreu em diversas outras ocupações na sede do INSS nos últimos anos, onde os próprios trabalhadores do INSS puderam reivindicar o livre acesso ao órgão público onde estão vinculados, os seguranças, posicionados à frente das catracas do térreo, sem motivo algum, agiram de forma evidentemente truculenta, agredindo os manifestantes, em sua maioria trabalhadoras, com socos, pontapés e outros diversos tipos de agressão.

Pressão arranca agenda, mas não abranda indignação

Assim como ocorreu na ocupação realizada no Dia Nacional de Lutas, em 24 de abril, a pressão dos trabalhadores garantiu que uma representação da Fenasps seja recebida, no próximo dia 6 de junho, quarta-feira, às 16h. Essa agenda foi confirmada pelo diretor de Gestão de Pessoas do INSS, Alexandre Guimarães, que recebeu uma comissão de trabalhadores para receber as reivindicações e repassá-las para a presidente.

Mesmo assim, os trabalhadores saíram da reunião frustrados, pois ficaram na expectativa de serem recebidos pela presidente interina, Karina Argolo, ainda nesta segunda-feira, 28, em reunião previamente agendada para as 11h30, desmarcada sem que tenha sido apresentada qualquer justificativa.

Isso também motivou que o ato fosse encerrado com uma “homenagem”, à presidente interina, no estilo de malhação e queima de Judas, usando a própria boneca que representou a presidente do órgão.

Com informações, Fenasps.