08 de março e a luta pelo direito de existir
 8 de março de 2022 às 13:14
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Neste 08 de março, data em que se comemora o dia internacional da mulher, é mais um dia para fortalecer a luta pelo direito à vida das mulheres. Em menos de três meses, o Rio Grande do Norte já contabiliza oito feminicídios, o que representa 40% dos crimes desse tipo registrados em todo o ano passado e, em menos de duas semanas, duas mulheres foram mortas pelos ex-companheiros. Em termos globais, o Brasil é o 5º no ranking de feminicídios.

Dados apontam que a pandemia da Covid-19 subnotificou casos de violência contra a mulher. Apesar disso, a Polícia Civil registrou em 2021, 20 casos de feminicídios no RN. Em 2020, foram 13. A maioria dos casos foram praticados por ex-companheiros que não aceitavam o fim do relacionamento.

Para tipificar esse tipo de crime, a socióloga sul-africana Diana Russel usou o termo “feminicídio” em 1976, quando sustentou a ideia de criar uma definição específica para homicídios praticado contra as mulheres. Desde março de 2015, a legislação brasileira passou a considerar o feminicídio como uma circunstância qualificadora do crime de homicídio e eles geralmente costumam acontecer dentro de casa ou costumam ser cometidos por pessoas da convivência da vítima, especialmente o companheiro. O feminicídio é considerado um crime de ódio cometido contra as mulheres.

Por isso neste 08 de março nós convocamos as mulheres a irem às ruas exigir mais respeito à vida das mulheres com o tema “Pela Vida das Mulheres: Bolsonaro Nunca Mais!” – Por um Brasil sem machismo, racismo e fome, haverá um ato na Praça do Pax, a partir das 16h. Haverá ainda dois locais de concentração (às 15h), um na Praça do Boulevard e o outro na Praça do Epílogo, até saída em bloco para o destino final.

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